quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Alma gêmea




Viajando no tempo, espaços e dimensões,
venho de lugares e de tempos longínquos.

No agora deste momento tridimensional terreno,
deparo-me com alguém singular,
que veio igualmente
de outros tantos caminhos existenciais
e com inúmeras metas espirituais a cumprir,
tais como as minhas programações dimensionais.

Fixando-me em seu olhar,
vislumbro sintonias do coração
e uma ligação ímpar entre nós dois,
nascida há inúmeras vidas
e guardada de modo exclusivo em nossos corações,
como uma senha,
para um dia nos religar pelo amor.
 
Temos, perceptivelmente, os mesmos ritmos de viver
e de cumprir os nossos compromissos
e idêntica capacidade de ser humano e de amar.
 
Sei que a sua energia
é a mesma que circunda o meu campo áurico.

As nossas infindáveis viagens pelas vidas
parecem, enfim, totalmente lógicas
de explícitos e concretos sentidos,
porque todos os caminhos foram traçados
para nos conduzirem ao inevitável reencontro
neste exato instante terreno.
 
O meu coração me diz,
que faria novamente todo o caminhar existencial
ao longo dos renascimentos,
quantas vezes fossem necessárias,
se, ao final,
em determinado momento da eterna existência,
pudesse eu ver os seus olhos,
tocar a sua energia
e sentir que as nossas energias
tornam-se uníssonas em total simetria.
 
Essa união em unicidade energética e de coração
por si só já é a mais bela
e completa declaração de amor,
preenchendo-nos de plena
e translúcida razão de existir
e de como amar e ser amado de forma perfeita
pelos séculos afora,
como fora desde sempre.

poesia de Moacir Sader do livro "Dias Azuis"





Luiz Lira - São Paulo-SP

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