quarta-feira, 19 de outubro de 2016

AUTOCOBRANÇA POR DESEMPENHO SEXUAL


Segundo especialistas, é comum comparecer nos consultórios médicos, homens com idade superior a 45 anos, devido à dificuldades em conseguir ou manter a ereção, mais popularmente conhecida como "broxada", porém, atualmente, não tem sido tão raro aparecer homens mais jovens, cujo diagnóstico na maioria dos casos, revelam apenas fatores psicológicos, como ansiedade, insegurança, etc.
Enquetes realizadas com mulheres, revelam ser comum seus parceiros falharem ocasionalmente. Isso não significa que sofram de disfunção erétil, ou que deva ser motivo de preocupação.

COBRANÇA POR RESULTADOS E O FATOR PSICOLÓGICO


Ufa....!

A crescente erotização e idealização do desempenho sexual fartamente divulgado pela mídia, sobretudo na internet, faz com que o homem se sinta mais cobrado e avaliado na cama. Se no passado, por uma questão cultural, as mulheres eram um tanto reprimidas, e aceitavam ou conformavam-se com um sexo que não lhes proporcionavam o prazer que gostariam de ter, hoje, a mulher moderna, mais esclarecida e sem tabus, passou a dar mais importância ao sexo com qualidade, que lhe proporcione mais prazer. 
A questão é que ainda há mulheres que jogam unicamente nas costas do homem a responsabilidade pelo seus orgasmos, e há homens que se sentem como os únicos responsáveis pelo orgasmo da mulher.

Some-se à esse fato, a influência da indústria pornográfica, cujos vídeos invadiram a internet, e tem levado muitas pessoas, sobretudo os mais jovens, a acreditarem, que esses filmes representam a realidade do dia a dia das pessoas, ou que são a expressão da vida real, o que nem sempre é verdade. 

Nesse sentido, acham que devem fazer um sexo mirabolante, de longa duração, em posições acrobáticas, e sem falhas, da mesma forma que os atores pornôs, sem levarem em conta, que para filmar aquelas cenas, há uma série de recursos de filmagens, como técnicas de edição, regravações de cenas que as vezes se estendem por alguns dias para eliminar falhas, etc., além do fato de muitos atores pornôs utilizarem medicamentos para turbinar a rigidez do pênis e prolongar o tempo de ereção.

Desse modo, ao não conseguirem imitar na vida real aquelas performances apresentadas nos filmes, se sentem frustrados.
Inseguros, com receio de broxar na hora H, e para impressionar a mulher com um ótimo desempenho sexual, muitos homens recorrem ao uso, sem prescrição médica, de medicamentos contra a disfunção erétil. A questão é que por serem homens jovens e estarem em pleno vigor sexual, não haveria a necessidade do uso desses medicamentos, no entanto, eles estão optando pelo uso, para se sentirem mais confiantes, garantir uma ótima performance e ficarem com a fama do "cara que tem pegada". Esse marketing pessoal, denota uma certa imaturidade e necessidade de auto afirmação.

O problema, segundo alguns especialistas, é que além dos efeitos colaterais, o uso sem necessidade desses medicamentos, poderá causar uma certa dependência psicológica, ou seja, o homem habitua-se a ingerir o comprimido toda vez que pretende encontrar-se com alguém com quem tenciona fazer sexo, desse modo, no dia em que ele estiver com uma pessoa, e lembrar-se que não tomou o comprimido, poderá se sentir inseguro e broxar devido a um fator puramente psicológico. 
Com receio de falhar novamente, ou para atender às expectativas estimuladas pela mídia e a supostos ideais de performance, o homem recorre novamente ao medicamento, e assim, o comprimido passa a servir de "muleta psicológica" 


O MITO DA PERFEIÇÃO



Em pleno século XXI, apesar de toda a informação disponível na mídia, ainda há muitas pessoas que acreditam naqueles antigos mitos sexuais, como o de que "homem que é homem não broxa", "não nega fogo", etc. Trata-se de crenças errôneas do passado, que infelicitam a vida sexual de muitos casais.
Especialistas são unânimes em afirmar, que "broxadas ocasionais são normais e não devem ser motivo de preocupação", contudo, orientam que se as falhas forem frequentes, é recomendável a procura de um médico  urologista ou outro especialista da área, para verificar se o problema se deve a fatores orgânicos ou apenas psicológicos. 


..."O grande amante não é aquele que "dá 3", mas aquele que envolve, se emociona, e sente prazer.  A questão é de qualidade, e não quantidade" -Sidney Glina - Médico urologista, especialista em disfunção erétil, e escritor.

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Luiz Lira

Atuo na área de Recursos Humanos.
Nas horas vagas, gosto de ler, refletir e opinar sobre comportamento, relacionamentos e dilemas do cotidiano. 
Gosto de compartilhar temas que estimulem a reflexão.




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